O empresário Sidney Oliveira, proprietário da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo. A ação investiga um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas pagas a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda estadual.
A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos, o Gedec, conta com apoio da Polícia Militar. São cumpridos três mandados de prisão temporária, sendo um contra um fiscal apontado como líder do esquema e dois contra empresários beneficiados, entre eles o dono da Ultrafarma. Também são executados mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas investigadas.
De acordo com as investigações, o fiscal manipulava processos administrativos para permitir a quitação facilitada de créditos tributários de grandes redes varejistas. Em troca, recebia pagamentos mensais de propina, feitos por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. O valor identificado até agora supera R$ 1 bilhão.
O Ministério Público afirma que o esquema funcionava como uma estrutura criminosa organizada, descoberta após meses de apuração, análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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