Criança morre após picada de escorpião e acende alerta em São Paulo

 

Imagem: Ilustrativa

A morte de um menino de 10 anos, vítima de uma picada de escorpião, no último domingo (3), em São José do Rio Preto, acendeu o sinal de alerta em todo o estado de São Paulo. A Secretaria Estadual da Saúde já registrou 22,8 mil casos de acidentes com escorpiões desde o início do ano. Este foi o primeiro óbito confirmado em 2025.

A criança foi picada na sexta-feira (1º) e levada imediatamente ao Pronto-Socorro Vila Toninho. Após dois dias de internação no Hospital da Criança e Maternidade, não resistiu às complicações. É a primeira morte por escorpião registrada na cidade em quase dez anos.

Diante do caso, a Prefeitura de Rio Preto iniciou um mutirão de limpeza em diversos bairros para eliminar criadouros e focos do animal peçonhento. Em nota, o município reforçou que, em caso de acidentes, os moradores devem buscar atendimento nos hospitais de Base e da Criança, que mantêm estoques de soro antiescorpiônico.

A situação se repete em outras regiões paulistas. Para agilizar o atendimento, o estado conta hoje com 228 pontos estratégicos de distribuição do soro, espalhados de forma a reduzir o tempo entre a picada e a aplicação do antídoto. A lista completa está disponível no site da Secretaria de Saúde.

Especialistas reforçam que o grupo de maior risco são crianças de até dez anos. Nelas, o veneno age com rapidez e pode ser fatal. Os primeiros sinais costumam ser dor intensa e agitação. Em casos moderados, surgem vômitos, suor excessivo, taquicardia e respiração acelerada. Nos quadros graves, há risco de convulsões, edema pulmonar, choque e morte.

O que fazer em caso de picada

A Secretaria da Saúde alerta que jamais se deve espremer, sugar ou fazer torniquete na região da picada. O correto é lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e buscar atendimento médico imediatamente.

Escorpiões costumam se esconder em entulhos, pilhas de madeira, terrenos baldios, saídas de esgoto, ralos e locais escuros dentro de casa — como sapatos, roupas, toalhas e brinquedos. Por isso, é essencial manter quintais limpos, vedar frestas e usar luvas e calçados ao manusear materiais empilhados.

Recomenda-se ainda guardar sapatos em caixas fechadas e sempre sacudir roupas e toalhas antes do uso.

Espécies mais perigosas

São Paulo abriga três espécies comuns de escorpião. A mais perigosa é o escorpião amarelo, de corpo claro, manchas escuras no tronco e cauda com serrilhas. Mede até 7 cm e tem veneno com alto risco de óbito.

O escorpião marrom, de coloração avermelhada, também pode chegar a 7 cm. Embora menos numeroso, oferece perigo semelhante.

Já o escorpião-amarelo-do-nordeste tem coloração amarela, manchas escuras no dorso e veneno potente. Mede entre 5 e 7 cm e também requer atenção.

A recomendação das autoridades é clara: prevenção e agilidade no atendimento são as armas mais eficazes contra acidentes com escorpiões.

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