Policial civil morre após ser baleado por agentes da ROTA durante operação no Capão Redondo

 

Imagem: Reprodução | Câmera Corporal - PM ROTA

O policial civil Rafael Moura da Silva, de 38 anos, morreu na tarde da última quarta-feira (16) após ser baleado por agentes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) durante uma operação no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. O caso aconteceu na sexta-feira (11), enquanto equipes realizavam diligências em áreas de tráfico de drogas na Favela do Fogaréu.

De acordo com as imagens registradas pela câmera corporal do sargento Marcus Augusto Costa Mendes, da ROTA, é possível ver o momento do encontro entre os policiais civis e os militares. Instantes depois, ocorrem os disparos. Rafael foi atingido por 3 tiros, sendo que um dos projéteis ficou alojado no abdômen.

A vítima integrava o CERCO (Corpo de Repressão Especial ao Crime Organizado) e estava em ação com colegas do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP). Segundo os registros, os policiais civis sinalizaram para os militares no momento do encontro, mas não houve tempo de comunicação antes dos disparos.

A defesa dos policiais da ROTA, Marcus Mendes e Robson Santos Barreto, afirma que os tiros foram disparados por falta de identificação. A nota dos advogados alega que o investigador apontou uma arma na direção do sargento fardado, sem verbalizar. Os advogados sustentam que, ao observar a gravação da bodycam, percebe-se a ausência de identificação do policial civil.

Rafael Moura foi socorrido em estado grave e permaneceu internado por 5 dias no Hospital das Clínicas, onde faleceu devido à gravidade dos ferimentos. O velório ocorreu na manhã da quinta-feira (17), na Academia de Polícia de São Paulo (ACADEPOL).

Segundo a Polícia Militar, as imagens registradas pelas câmeras corporais confirmam os relatos prestados pelos policiais envolvidos. A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou, por meio de nota oficial, que lamenta a morte do policial e reafirma o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos. O sargento Marcus Mendes foi afastado das atividades operacionais, conforme previsto nos protocolos da corporação.

Os dois policiais da ROTA envolvidos no caso não foram presos em flagrante. A investigação segue em andamento.

IMAGENS DA CÂMERA CORPORAL DO POLICIAL DA ROTA



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