Um cavalo branco foi morto de forma brutal durante uma cavalgada em Bananal, no interior de São Paulo, no último sábado (16). O tutor do animal, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, é suspeito de atacar o equino com um facão após sinais de exaustão. O caso ganhou repercussão nacional e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o cavalo já sem vida e com as quatro patas mutiladas, gerando indignação em todo o país. Segundo relato de uma testemunha, o animal havia se deitado no chão, aparentemente cansado, quando o tutor teria dito: “Se você tem coração, melhor não olhar”. Na sequência, desferiu o primeiro golpe. A testemunha deixou o local logo após a cena, sentindo-se mal.
Ouvido pela polícia na segunda-feira (18), o acusado alegou acreditar que o cavalo já estava morto quando usou o facão. Essa versão ainda está sob apuração. O boletim de ocorrência registrou maus-tratos com agravante pela morte do animal. Até o momento, ninguém foi preso.
O crime aconteceu em uma área rural conhecida como Sertão do Hortelã, próximo à divisa com o Rio de Janeiro. O evento, que reunia cavaleiros da região, não contava com fiscalização veterinária, fator criticado por ativistas que apontam negligência e falta de regulamentação em encontros desse tipo.
A comoção ganhou força nas redes sociais com a hashtag #JustiçaPeloCavalo, impulsionada por celebridades. A cantora Ana Castela, que é dona de cavalos, publicou um vídeo classificando o ato como covardia. A ativista Luísa Mell também denunciou o caso a seus mais de 4 milhões de seguidores, chamando o acusado de “monstro”. Paolla Oliveira, Eduardo Costa e outros artistas reforçaram os pedidos por punição exemplar.
A Prefeitura de Bananal divulgou nota oficial repudiando a violência e informou que acionou imediatamente a Polícia Civil e a Polícia Ambiental para apuração.
O caso reacendeu o debate sobre a fragilidade das leis brasileiras que envolvem equinos. Atualmente, maus-tratos a cavalos se enquadram na Lei 9.605/1998, com pena máxima de um ano de detenção. A Lei Sansão, que prevê reclusão de até cinco anos, é restrita a cães e gatos, não abrangendo animais de grande porte.
Grupos de proteção animal organizam protestos virtuais e presenciais na região para cobrar mudanças na legislação e rigor na investigação. Enquanto isso, a morte do cavalo segue mobilizando a opinião pública em todo o Brasil.
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